Estamos sempre curiosos para aprender. É uma característica do ser humano. E nesta altura do ano é frequente escolhermos ou comprarmos um livro que… temos intenção de ler e que muitas vezes não passa das primeiras páginas…
A melhoria constante e interminável e é o que faz a vida realmente valer a pena - como o poderoso Jim Rohn diz, "não é o que obténs o mais importante… mas a pessoa em que te tornaste no caminho para o conseguir".
Não há que complicar este processo de aprendizagem ou pensar que teremos que fazer grandes investimentos (sejam dinheiro ou tempo). Por vezes observando a natureza ou o comportamento dos animais retiram-se lições que podemos aplicar no nosso dia-a-dia.
Um exemplo, retiro da observação que faço ao comportamento do Remo, o cão do meu irmão, e em resumo registo alguns dos seus comportamentos que me fazem refletir:
1. Viver o Presente – O Remo vive o presente. Acreditamos que não pensa no ontem ou amanhã, somente o agora. Nós, os humanos, quantas vezes, absorvidos pelos eventos passados, permitimos que os mesmos criem uma nuvem em volta dos nossos pensamentos e sabotem a nossa energia em fazer acontecer o agora… e o amanhã?
2. Hábito – O Remo habitualmente faz as mesmas coisas à mesma hora. Ladra, como que avisar que está na hora do passeio da manhã ou final do dia... Coloca-se à porta da casa quando sabe que está na hora da refeição… Não usa relógio mas às vezes parece que sim… Estes hábitos são disciplinas internas que têm para o seu próprio bem-estar. E nós que disciplinas temos? Boas disciplinas nos negócios e pessoais podem ser a diferença entre o sucesso e o fracasso.
3. Instinto - Os cães orientam-se pelo faro. Mesmo quando alguém que conhece se aproxima, o Remo, fareja como que (imagino eu!) para compreender se algo se alterou! Confia nos seus instintos e tem a força e a convicção para saber que o “seu nariz” o leva onde quer ir. Quantos de nós temos essa confiança? Quantos de nos, às vezes pensamos… eu já sabia que isto não ia correr bem… mas não confiamos nos que o nosso intimo nos dizia?
4. Audição - Quando os cães ouvem algo que lhes desperta o interesse… param, escutam, processam e agem. Mesmo quando reconhecem o ruido (como o som do meu carro quando me aproximo) e se aproxima do portão, como que para me dar as boas vindas! “Ouvir” o que vem de “dentro de negócio” é a chave para destrancar a porta e iniciar a construção de verdadeiros relacionamentos duradouros. Ações com base em informação parcial e não devidamente processadas podem levar ao desastre! Saber “ouvir” e filtrar o que é realmente relevante para negócio é vital.
5. Proteção - A relação entre um cão e sua família significa tudo. Gosto de observar quem passeia com um cão e uma criança. Se passam por outro cão (normalmente mais pequeno!) que se manifesta, o cão corre na sua direção (ou estica a trela para o poder fazer!) ladra e recua como que fazendo um cerco “à sua família” que sente tem que proteger. E nós? As nossas atitudes serão de contante proteção ao que temos? Protegemos a nossa equipa? Os nossos fornecedores? Os nossos clientes? A nós mesmos? Estamos em constate alerta para que haja melhoria nos processos, protegendo o que levou anos a construir?
6. Foco - Usando o exemplo do ponto anterior nunca presenciei uma situação em que o cão estava “distraído” e a família sofreu uma “tentativa de ataque”. Quase como se falasse pudesse dizer – “falhei, não cumpri a minha função com o devido empenho porque a criança estava a cofiar a minha cabeça” (desculpando e atribuindo a “culpa” a alguém…). O Remo está sempre atento, farejando e de orelhas levantadas nunca se distrai… e como referi, sabe distinguir o que é relevante (como o som do meu carro no meio de vários que passam na estrada).
7. Dar 100% - Quando está com fome, come. Quando está cansado, dorme. Quando está acordado, brinca ou simplesmente senta-se/deita-se observando. Dar 100% significa – dar 100% no trabalho, dar 100% no descanso, dar 100% com a família. Não conseguimos fazer sempre, é certo. Mas devemos procurar viver cada momento – seja trabalho ou descanso - com o empenho que é devido.
8. Felicidade - Não interessa se nos ausentamos por cinco minutos ou cinco semanas. Fica sempre feliz de nos voltar a ver e faz questão de o demostrar abanando a cauda… E nós? Damos a nós mesmos permissão para sermos felizes? Para saborearmos o que temos de bom? Há quem diga que a felicidade é uma tapeçaria que se constrói delicadamente passo a passo, fileira a fileira e que de onde a onde vai tendo uns nós que se bem “atados” são como que pontos de reforço…
9. Aprendizagem – O ditado diz “cão velho não aprende truque novo”. Podem, tal como nós os humanos, aprender coisas novas se percecionamos como uma nova diversão ou uma forma mais eficaz de se alcançar algo.
Em suma: Vive o Presente? Tem bons Hábitos? Está atento ao seu “Instinto”? Pratica “Escuta Ativa”? Protege os seus e o que é seu? Sabe qual o deverá ser o seu Foco? Dá 100%? Constrói ativamente a sua Felicidade?
Sugiro escolha uma destas áreas para desenvolver ou aperfeiçoar nestes últimos meses do ano. Algo que acredite poderá fazer a diferença nos resultados que ainda quer realizar antes das 12 badaladas! Estou em crer que se assim for, o processo de aprendizagem de novas competências, habilidades, conhecimentos e comportamentos será facilitado!