Nesta época do ano gosto de recordar esta parábola:
"Uma leiteira levava na sua cabeça um balde de leite fresco pensando “… Este leite dará para fazer natas que, baterei até converter na melhor manteiga e que vou vender a um bom preço no mercado. Com o dinheiro vou comprar pintainhos. Quando crescerem venderei a um bom preço e, com o dinheiro vou comprar um vestido. Vou vesti-lo num dia de baile e o filho do moleiro vai querer dançar comigo. Mas eu não vou dizer que sim vou esperar que me pergunte várias vezes… e nem vou responder da primeira vez, vou abanar a cabeça a dizer que não….". A leiteira imaginando-se no baile, começou a sacudir a cabeça para dizer não e, ao rir-se da situação distraiu-se e deixou cair o balde derramando o leite todo!"
Fazemos o mesmo... aproximando-se o final do ano imaginamos o que queremos e vamos fazer, afinal é um ano novo! Há inclusive estudos sobre as resoluções mais comuns e segundo a Forbes as top 7 são:
fazer mais exercício
economizar (mais) dinheiro
comer de forma saudável
ter um novo hobby
conseguir um (novo) emprego
ler mais
fazer novos amigos
Resoluções que... decidimos por tradição que, esperar pelas 12 badaladas do 31 Dezembro é o mais sensato!
Até aqui, creio eu, está tudo bem. De facto é muitas vezes mais motivador iniciar um novo ciclo no novo ano - "Novo Ano, Nova Vida" - como ouvia a minha mãe por vezes dizer!
A minha reflexão vem do que se segue. A motivação para manter as decisões tomadas por vezes não dura mais do que dias ou meses. E com frequência ouço (e eu mesmo o faço!) - quando estiver bom tempo volto ao ginásio (agora está muito frio), quando tiver mais tempo vou começar a ler, quando ganhar mais, vou economizar... quando... quando... quando... quando (for o momento certo) eu vou...
Algumas decisões logicamente poderão estar dependentes de uma dada situação ou contexto. Ai sim temos razões para adiar (é aliás a decisão mais sensata). Outras vezes... são apenas desculpas que usamos como motivos para adiar.
E tal como a Leiteira que feliz ia sonhando condicionando o futuro por acontecimentos que deseja aconteçam e se distraiu e esqueceu que é no presente, com todas as condicionantes que possam existir, que construímos o futuro!