Ontem foi o Domingo da Alegria. O terceiro domingo do Advento.
Para nós católicos, o tempo do Advento é um período de preparação e expectativa. Um tempo onde a verdadeira alegria não surge de forma imediata, mas da consciência de que cada passo e cada momento... e da confiança no processo para que o que está por vir se concretize.
E a minha reflexão de este domingo foi algo contraditório com esta questão pois vivemos tempos em que a urgência, a pressa e a rapidez parecem ser a grande diferenciação... e nem sempre a alegria da espera acontece!
Nos dias de hoje a velocidade tornou-se uma vantagem competitiva! Contudo a paciência terá que ser a diferenciação estratégica.
Saber agir com intenção e, depois, dar espaço para que o processo aconteça, acredito possa ser o que separa resultados consistentes de decisões precipitadas. E no mundo dos negócios pode significar que:
- teremos que celebrar cada pequena conquista: a lead que finalmente respondeu, a reunião que correu melhor do que as anteriores, o colaborador que deu um passo em frente, o processo que começa a melhorar...
- também teremos que saber quando acelerar e quando esperar.
Tal como o agricultor: semeia, planta, rega e aduba… e depois se afasta. Não por desistir, mas porque sabe que olhar para a terra onde semeou não faz a planta crescer mais depressa.
- Quem sabe esperar, observa melhor.
- Quem observa melhor, decide melhor.
- E quem decide melhor, cresce com menos desgaste e mais consistência.
No fundo, agir com intenção, saber parar e confiar no tempo do processo é talvez um dos maiores atos de liderança!
E desse lado: que pequenas conquistas merecem ser celebradas? Onde é que pode dar espaço para que o trabalho floresça sem pressão extra? Partilhe comigo nos comentários ou envia uma mensagem - gostava de saber como pratica esta forma de liderança no seu dia a dia.